Já tinha esquecido o livro e o texto que estava a escrever, quando encontrou o Paulo, que ela conhecia de vista. Acenou- -lhe pouco à vontade e continuou. Minutos depois, bateu na testa, preocupada ? o rapaz levava na mão o mesmo livro que se abatera sobre a sua secretária. O Gil preparava-se para escrever uma história sobre um super-herói que encontraria, não se sabe por que razão, no elevador do seu prédio. Já descrevera a roupa castiça que vestia, já o tinha posto a cantarolar. Tentava, naquele momento, encontrar forma de descrever a sua última façanha ? não matava inimigos a eito com a sua espada longa e mágica. Não, ele já tinha percebido que esse era uma causa muito comum. O Gil queria que o seu super-herói fosse diferente?