O autor destas reflexões reside na península de Troia, terra encantada que conhece desde há mais de 50 anos quando, ainda com filhos pequenos, encontrava nas suas areias doiradas e seu mar calmo, refúgio seguro para o stresse da vida citadina. Dessa condição de refúgio depressa se foi soltando o sonho de um dia se acamar com a sua beleza e encanto. E esse sonho tornou-se realidade há cerca de duas décadas, quando a vida profissional e a idade lhe proporcionaram o privilégio de se deitar de vez com Troia, a deusa das penínsulas. E assim, da condição de refugiado passou à de residente. E ser residente fez com que a frágil península se tornasse uma componente da sua existência. Existência essa que gerou a necessidade destas reflexões. E também, através destas palavras, de as partilhar com outros.
